§ Mudanças
§ Idade!
§ Ouch!
§ Gimme!
§ !
Alguem adivinha o que fui ver eu ontem à noite?
Acabaram os exames!
Aleluia senhor! Agora ferias atá à próxima sexta-feira....melhor que nada!
Ser ou não ser - heis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias -
E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir;
Foi neste sábado que peguei nos meus pézinhos e fui ao Centro Cultural Olga Cadaval ver Hamlet de William Shakespeare, com Tradução e Encenação de André Gago.
Felizmente fiquei numa das filas da frente, porque, devido ao facto de não ir ao teatro à decádas, não me recordava que o som duma peça de teatro é diferente do cinema, e os actores não usam, pelo menos pelo que eu reparei, microfones!
Apesar de extensa, entrei lá às 21 e sai por volta da meia noite e meia, a peça é brilhante, com representações dignas de se lhes tirar o chapéu. E melhor que tudo, morre toda a gente, o que para quem me conhece sabe que é um acontecimento de me fazer delirar de contentamento.
Adorei o facto dos actores passarem pelo corredor entre as plateias, e como a minha cadeira estava mesmo junto ao corredor, senti a corrente de ar provocada pelas vestes dos actores quando por mim passavam....arrepiante! Arrepiante também foi a ideia que eu tive de esticar a perna e passar-lhes uma rasteira...mas creio que não seria a melhor das ideias .
Só mudava uma coisa naquela noite, impedia a entrada de todas aquelas pessoas que tossem nos momentos mais emocionantes! Era forca com elas! . Coitadas, eu bem sei que uma pessoa às vezes não consegue mesmo evitar!
Ah, já me esquecia, na mesma fila que eu, mas do outro lado do corredor, ficou o Diogo Infante, só mesmo a título de curiosidade
No último Domingo visitei um local nunca antes explorado pela minha pessoa! Foi emocionante, vibrante, repleto de emoções fortes....mais que não seja pelo facto de quase ter sido atropelado pela porta giratória da entrada e quase ter caido devido ao chão estranhamente irregular que se encontra um pouco depois da entrada. Mas nenhum destes precalços me impediu de encher os pulmões com uma extasiante sensação de euforia! Só que depois acordei para a realidade e reparei que estava no Casino de Lisboa....uau emocionante eu sei!
Honestamente, ambiente mais decrépito não poderia haver! Ver um bando de velhinhas a carregar em botões e a puxar manípulos para ver se lhes sai três limões certamente não é o meu ideal de diversão! Se eu quisesse limões ia à praça e comprava uma dúzia deles!
Melhor ainda, certas personagens que por lá circulavam com baldinhos de cartão atrelados! Pela quantidade de massa gorda dessas personagens eu deduzi que fossem baldinhos de asas de galinha frita mas parece que afinal estavam repletos de fichazinhas para por nas maquinazinhas....volto a repetir...uau que emocionante!
Como o andar térreo eram só máquinas e mais máquinas resolvi espreitar o andar superior, que tinha assim as mesas de blackjack e afins, e pronto, neste andar o ambiente passava de decrépito para asiático, já que existiam mais asiáticos ali do que lojas dos chineses em Lisboa...inacreditável eu sei!
Mas tenho de admitir que dentro de mim se acendeu uma chama ao ver os gestos precisos da empregada que dava as cartas...oh como gostava eu de ser a dar as cartas só para me poder rir na cara das pessoas que perdiam...mas infelizmente a farda cor-de-rosa que os empregados envergavam dissuadiu-me de qualquer ambição de trabalhar no mundo do jogo!
E como é óbvio não gastei um cêntimo sequer!
[P.S: Se calhar a quantidade de asiáticos deve-se ao facto do proprietário do Casino ser Stanley Ho]
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